segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

lie liar





Um mentiroso reconhece outro, a dinâmica da mentira e enganação é complexa, pois erroneamente associamos verdade com credibilidade ou confiança. Na verdade a mentira tem raízes profundas, talvez para compensar suas curtas pernas, que vão de encontro com a necessidade inerente ao homem de buscar explicações satisfatórias para si próprio e para o mundo. Quando essas ramificações são limitadas ela cai por terra facilmente. A tendência natural é achar que, em um primeiro momento, o outro está falando a verdade. Só existe a verdade por causa da mentira e a recíproca também é verdadeira, quer algo mais mentiroso do que a crença cega de que A verdade e A realidade são coisas acessíveis ao frágil intelecto do ser humano? Tais raízes profundas apontam na direção de questões difíceis como subjetividade, processos mnêmicos, relatividade e percepção.

A subjetividade sempre permeia o escopo platônico do mundo das idéias onde a única maçã perfeita é aquela de mentira que habita apenas o plano imaginal já que ela não possui defeitos, jamais apodrecerá e é mais bela do que qualquer maçã concreta.